quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Moçambique e Japão reforçam cooperação


Uma missão de cerca de 50 pessoas, entre as quais representantes de algumas das maiores empresas japonesas e funcionários governamentais nipónicos seniores, encontra-se desde terça-feira no nosso país, com o objectivo de identificar oportunidades de investimento e fortalecer as relações bilaterais entre os dois países.

A missão surge na sequência da 4ª Conferência sobre o Desenvolvimento de África (TICAD IV), realizada em Yokohama (Japão), em Maio último, e na qual o Primeiro-Ministro japonês, Yasuo Fukuda, se comprometeu a duplicar a assistência oficial e o investimento privado para o Continente Africano.

Ainda na terça-feira, a missão foi recebida em audiência pela Primeira-Ministra, Luísa Diogo, tendo manifestado à governante moçambicana o desejo de ver realçada a cooperação entre os sectores privados dos dois países, através do intercâmbio de opiniões com membros do Governo e empresários moçambicanos para que se estabeleça “uma fundação para o estabelecimento de novas relações de comércio e investimentos”.

Falando a jornalistas, momentos após a delegação nipónica ter sido recebida em audiência pela Primeira-Ministra, o Vice-Ministro sénior da Economia, Comércio e Indústria do Japão, Yoshikawa Takamori, disse esperar que a missão que lidera  contribua para alcançar o objectivo partilhado na TICAD IV, que é o de promover o desenvolvimento económico sustentável e fortalecer as relações bilaterais entre o Japão e Moçambique.

Questionado sobre as possíveis áreas de intervenção do empresariado nipónico, Yoshikawa Takamori disse que “o nosso sector privado tem um grande interesse nas áreas dos recursos minerais, não só em Moçambique, mas em todo o Continente Africano”.


Relativamente ao volume da actual assistência japonesa a Moçambique, Yoshikawa Takamori disse que o mesmo está ainda em negociações entre os dois governos, não sendo, por isso, oportuno a sua divulgação. “Mas posso lhe dizer, por exemplo, que o Japão concluiu um estudo de desenvolvimento do “Corredor de Nacala” e já está na fase do desenho detalhado. Depois de terminar este desenho o Japão vai considerar a concessão de créditos para investir no melhoramento daquela infra-estrutura”, disse o vice-ministro sénior da Economia, Comércio e Indústria do Japão.

Ontem, a missão deverá ter participado num seminário sobre comércio e investimento, organizado pelo Centro de Promoção de Investimentos (CPI) e Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), para além de manter contactos com alguns governantes e visitar a fábrica de fundição de alumínio (Mozal). A missão termina hoje a sua visita a Moçambique.

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