sábado, 2 de agosto de 2008

Governo convida Mugabe para aniversário da Independência


Para assinalar o 40.° aniversário da independência nacional do reino, o governo swázi incluiu o chefe do regime de Harare, Robert Mugabe, na lista dos convidados. Está por confirmar a presença de Mugabe nas celebrações, que este ano coincidem com o 40° aniversário natalício do Rei Mswati III. 
A imprensa local considera que Mugabe poderá não aceder ao convite como forma de protesto contra o papel desempenhado pela Swazilândia enquanto Estado membro da troika da SADC, que em Junho último instou o regime de Harare a não realizar a segunda volta das eleições presidenciais pois as circunstâncias então prevalecentes “comprometeriam a legitimidade e a credibilidade dos resultados”. 
Entretanto, os partidos da oposição e a Federação dos Sindicatos da Swazilândia (SFTU) objectaram contra o convite endereçado a Mugabe. Numa petição entregue ao primeiro-ministro swázi, Themba Dlamini, o Congresso Nacional Libertador de Ngwame (NNLC) referiu que considerava o convite como “uma afronta e falta de sensibilidade para com o sofrimento do povo do Zimbabwe”. Lê-se na petição que o convite significa que a Swazilândia coloca-se ao lado de uma das partes em conflito no Zimbabwe, especialmente numa altura em que ainda decorrem conversações sobre a liderança deste país. 
Para o Partido Popular Unido Democrático (Pudemo), a comunidade internacional passaria a olhar os dirigentes swázis da forma como o faz em relação a Mugabe, caso este dirigente seja autorizado a entrar na Swazilândia. O Pudemo salienta que Mugabe é conhecido pelo mundo fora pela longa lista de crimes cometidos contra a humanidade e por esse motivo não deveria ser convidado a visitar a Swazilândia. 
A SFTU considera que Mugabe “não é o chefe de Estado do Zimbabwe, nem tão pouco foi reconhecido como tal pelos órgãos da SADC e por outras organizações da comunidade internacional. Por essa razão, acrescenta a SFTU, a Swazilândia não pode tratar Mugabe de forma diferente. O dirigente da SFTU, Jan Sithole, salientou que Mugabe havia mergulhado a economia do Zimbabwe no marasmo.

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