sábado, 2 de agosto de 2008

MISAU manda encerrar fábrica de água Montemor

O Ministério da Saúde, MISAU, mandou encerrar esta semana a fábrica de processamento de água Montemor, localizada na vila da Namaacha. Pesou para esta medida o facto de a firma, não reunir os requisitos necessários para o exercício desta actividade, sob o ponto de vista de saneamento.O comunicado de Imprensa do Ministério da Saúde refere que a tomada da medida decorreu dos resultados da inspecção sanitária que detectou vários problemas no armazenamento da água, deficiente higiene dos trabalhadores, da sala de enchimentos para além da rotulagem.
A Montemor, segundo a nossa fonte, não tem estado a cumprir o regulamento sobre a qualidade da água por ela processada e destinada ao consumo humano.
A título de exemplo, o MISAU aponta a falta de higiene na sala de enchimento. Referiu ainda que à entrada da sala não existe igualmente um local para a desinfecção dos pés e o processo em si é feito manualmente.
`A sala de enchimentos encontra-se completamente alagada e com água a escorrer para o local de armazenamento. Não existe uma desinfecção prévia de vasilhames nem das tampas´, lê-se no documento do MISAU.
No que tange ao retorno ao trabalho, o MISAU refere que ele é condicionado a uma vistoria por parte desta instituição que deverá ser solicitada pela fábrica, logo que forem cumpridas as recomendações feitas pela inspecção sanitária. 
Entretanto, o gestor da Montemor, Alípio Fernandes, refuta as alegações contidas no documento do MISAU por conterem, segundo as suas palavras, alguma inverdade. Afirma que a Água Montemor não possui nenhum problema, tanto mais que, com uma certa regularidade é submetida a testes quer dentro quer fora do país.
`Com a água não existe nenhum problema. A única coisa que foi focada pela equipa de inspecção no local tem a ver com problemas de natureza estrutural como paredes do edifício, mas não acredito que sejam suficientes para o encerramento de uma fábrica´, disse.
Outro pormenor avançado pela nossa fonte e que teria sido mencionado pela equipa de inspecção da Saúde relaciona-se com a falta de bancos no vestiário que, exceptuando esse pormenor, reúne todas as condições exigidas.
Alípio Fernandes disse que segunda-feira é a data do reinício das actividades de rotina na Montemor depois da paragem observada que nada tem a ver com a inspecção da Saúde. 
Explicou que a paralisação ocorreu porque a pintura das instalações não permite que se processe. Assim que os trabalhos terminarem amanhã, segunda-feira retoma-se o trabalho, disse.
Conta que a empresa, com cerca de três décadas de existência, tem há dois anos uma nova gerência que tem introduzido algumas reformas conducentes ao melhoramento da mesma.

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