quarta-feira, 18 de junho de 2008

Agente da PIC detido na província de Maputo

Em mais uma atitude que ilustra a conivência de alguns agentes das forças policias moçambicanas com o sub mundo do crime, facto que acaba fragilizando os esforços da corporação no seu todo no combate à criminalidade, um agente da Polícia de Investigação Criminal (PIC) afecto na 6ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM) na Machava, província de Maputo, ilibou um indivíduo que exercia actividade médica clandestina em sua residência, em troca de oito mil (8.000.00) meticais de suborno. O facto foi revelado ontem pelo porta-voz do Comando Geral da PRM, Pedro Cossa, em briefing com a imprensa, que acrescentou que tal agente, identificado pelo nome único de Alcides, "encontra-se agora detido na mesma 6ª Esquadra, onde exercia a sua actividade". Pedro Cossa que foi muito reticente para fornecer à Imprensa mais dados relacionados com este caso, disse que "o agente detido é pertencente à PIC e trabalhava na 6ª esquadra na área de investigação há muitos anos". O porta-voz do comando geral, apesar da insistência da imprensa, recusou-se a fornecer o nome completo do agente detido, assim como não explicou em que circunstâncias ocorreu a detenção do agente, nem informou sobre o nome do enfermeiro clandestino. Entretanto, Pedro Cossa disse que a actividade clandestina exercida pelo tal enfermeiro havia sido denunciada pela população local, mas o agente Alcides tratou de "ilibar o criminoso em troca de valores monetários". Dados do Comando Geral da PRM indicam que na semana de 07 a 13 de Junho corrente, foram registados em todo o país 213 casos criminais. Ainda segundo Pedro Cossa "houve uma redução em comparação com o mesmo período do ano transacto: registou-se 267 casos". Mas Cossa admite que "aumentaram os casos considerados violentos", isto é, assaltos à mão armada e homicídios. Na semana em alusão, a polícia registou em todo o país 15 casos envolvendo roubos com arma de fogo, onde a região de grande Maputo lidera a lista das ocorrências com 9 casos. Registaram-se ainda assassinatos e homicídios voluntários, com 3 indivíduos a perderem a vida assassinados por criminosos. Quanto à “resposta policial”, ou seja, os “casos esclarecidos”, segudno o porta-voz da PRM, “equivale à 68 por cento”. Em conexão com os crimes registados em todo o país, foram detidas 658 pessoas, que vão engrossar a listas dos já existentes nas cadeias moçambicanas já a abarrotar e sujeitas a uma ruptura que pode de um momento para o outro tornar-se fatal. De acordo com Pedro Cossa os acidentes de viação ceifaram a vida de pelo menos 31 pessoas, contra 26 do mesmo período do ano anterior e deixaram 48 feridos graves e 105 feridos.

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