domingo, 20 de julho de 2008

Desmobilizados da Casa Militar não largam Guebuza

Há barulho em redor do dinherio dos desmobilizados da Casa Militar, que na época em que Joaquim Chissano era presidente da República, em 1993 protagonizaram uma "rebelião" que culminou com a intervenção da Força de Intervenção Rápida (FIR) da qual resultou, segundo contam, em mortes, detenções e desterros para além da destruição de suas propriedades. Aqueles compatriotas pretendem no essencial que o Estado seja responsabilizado pelos danos que referem ter sofrido para além de que o mesmo Estado deve cumprir com as promessas feitas na altura pelo então chefe do Estado que vão desde o pagamento de 3 milhões de meticais antigos por cada desmobilizado até à sua reintegração social, o que por sinal não aconteceu até os dias de hoje.
De acordo com dados em poder do «Canal de Moçambique», o grupo aguarda desde 2007 a esta parte ser recebido em audiência pelo actual chefe do Estado, Armando Guebuza, facto que ainda não aconteceu. O Canal de Moçambique contactou a Presidência da Republica para apurar o ponto da situação do assunto ao que foi dito que o caso "está entregue" ao chefe da Casa Militar, General Jorge Guni que por seu turno ainda não trouxe nenhuma solução fora as sucessivas reuniões que vem mantendo com grupo.

Declarações do General Guni

A Presidência da República recomendou ao «Cnal de Moçambique» que contactasse o general Guni para melhores esclarecimentos sobre a matéria, todavia este nada esclareceu e por seu turno, à semelhança da Presidência, sacudiu o capote, apontando o dedo para o ministro da Defesa.
Segundo o chefe da Casa Militar "o grupo de desmobilizados está sob alçada do Ministério da Defesa Nacional por isso que não poderei pronunciar-me sobre o assunto".
"Nós não recrutamos e nem desmobilizamos pessoas".
"Existe uma instituição específica no Ministério da Defesa Nacional que lida com questões de desmobilizados e certamente pode pronunciar algo sobre este grupo e não a Casa Militar".
Segundo ele "o grupo de desmobilizados serviu a Casa Militar em comissão de serviço". Também realçou que o mesmo é proviniente das Forças de Armadas de Defesa de Moçambique, (FADM).
Por outro lado Jorge Guni repisa ainda que o problema que está afectar de momento o grupo de desmobilizados em causa "é conjuntural e por isso que só o ministro da Defesa Nacional poderá dar resposta".

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