quinta-feira, 17 de julho de 2008

Estudantes universitários envolvidos em raptos e outros crime

As autoridades policiais anunciaram que detiveram quatro indivíduos, um deles estudante universitário, por envolvimento no rapto de uma holandesa, Nicoline Matos, no passado dia 10 do corrente mês, quando ela se encontrava na zona da marginal da Cidade de Maputo a caminhar em marcha desportiva na companhia do seu marido o veterinário Mário Jorge Almeida Matos. A informação, foi avançada por Pedro Cossa, porta-voz do Comando Geral da Polícia da República de Moçambique, no seu "briefing" semanal com a Comunicação Social.
Nicoline Matos, cunhada do empresário António Almeida Matos, viria a ser libertada pelos seus raptores no dia seguinte.
Segundo Pedro Cossa está crescer o número de estudantes universitários que nos últimos tempos se vem envolvendo em crimes para alegadamente fazerem dinheiro que lhes permita fazerem face a despesas com que têm de se confrontar.
“Por falta de dinheiro para custear certas despesas os estudantes universitários têm enveredado por caminhos duvidosos e ligados ao crime”, disse Pedro Cossa.
O porta-voz do Comando-Geral da PRM afirmou ainda que as autoridades policiais assim que descobrem estes casos instauram processos de forma a que os mesmos sejam chamados a responder em juízo, bem como a arcar com as despesas inerentes aos danos causados.
Pedro Cossa, voltando a falar do rapto de uma cidadã de origem holandesa disse que ela foi libertada “a custo zero”, isto é, sem pagamento de qualquer resgate.
A tal cidadão reside em Moçambique há muitos anos e é casada com um moçambicano. Foi raptada na Marginal de Maputo, ao fim da tarde de quarta-feira da semana passada, quando caminhava na companhia do marido e de uma terceira pessoa. Viria a ser libertada no dia seguinte, “a custo zero” na “EN4 – Estrada Nacional Maputo-Witbank», segundo Pedro Cossa, porta-voz do Comando Geral da PRM.
Entretanto o porta-voz do Comando da Cidade de Maputo da Polícia da República de Moçambique (PRM), Arnaldo Chefo, contrariaria as declarações de Pedro Cossa, do Comando-Geral da corporação, ao afirmar que a mesma foi liberta “por troca de dinheiro”.
“Os indivíduos que raptaram a holandesa abandonaram-na na «EN4-Estrada Nacional Maputo-Witbank» depois de receberem o dinheiro que exigiam”, afirmou Arnaldo Chefo.
O porta-voz do Comando da Cidade, disse que os raptores não receberam na totalidade o dinheiro que exigiam.
Não foram revelados números, mas andam a ser veiculadas, por fontes diferentes, valores diferentes, referentes ao resgate pago pela libertação da cidadã raptada. Nenhuma fonte confirma o valor realmente pago.
Sabe-se, no entanto, que o pagamento foi feito numa artéria da capital e a restituição da raptada à liberdade deu-se próximo da portagem da Moamba, na Estrada Nacional N4, que liga Maputo a Ressano Garcia.
Já em Chimoio, a semana passada, a Polícia diz ter apreendido, numa barraca que servia de esconderijo, 495 munições do tipo PPX, em bom estado de conservação e em condições de serem usadas.
Pedro Cossa que revelou tal informação à Imprensa disse que as referidas munições se encontram sob custódia policial numa das esquadras da província e que no seu devido momento terão o melhor tratamento.

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