terça-feira, 13 de maio de 2008

Banco Africano de Desenvolvimento reunido em Maputo


Prosseguem as discussões técnicas que antecedem a Reunião Anual dos Governadores do Banco Africano de Desenvolvimento com início agendado para esta quarta-feira.
Um dos temas discutidos foi o desenvolvimento e a urbanização, tendo na altura sido defendida a canalização, para o governos locais, de pelo menos 20% da ajuda de desenvolvimento, no equivalente a US$20 mil milhões. São encontros que deverão preparar o caminho para as decisões que, até quinta-feira, serão certamente adoptadas pelos Governadores do Banco Africano de Desenvolvimento que se encontram aqui em Maputo. Uma delas poderá eventualmente estar relacionada com a estratégia de desenvolvimento urbano em relação à qual a Organização Mundial de Cidades e Governos Locais, representada nestas reuniões, tem as suas expectativas. Uma delas prende-se com os parceiros de cooperação, o moçambicano Eneias Comiche, à frente do Comité de Finanças da Organização Mundial de Cidades e Governos Locais.

Mais ajuda

"Aquilo que preconizamos é que pelo menos 20% da ajuda ao desenvolvimento seja canalizada para os governos locais - municípios e cidades. Isso representa cerca de US$20mil milhões de dólares por ano para suprir a lacuna que existe entre a explosão urbana e o ritmo de planificação e de desenvolvimento de infra-estruturas urbanas. É que 62% da população africana vive em aglomerados humanos informais". A cerimónia da abertura oficial das Reuniões Anuais do Banco Africano de Desenvolvimento está agendada para as 09H30 desta terça-feira. Segundo o programa oficial, deverão estar presentes os Chefes de Estado de Moçambique, da África do Sul e do Congo. A expectativa é que os esforços de desenvolvimento sejam acelerados. Eneias Comiche manifestou ainda esperança de que encontros como os de Maputo possam levar a uma solução. "Estamos a ser ouvidos e o diálogo irá prosseguir. É um trabalho dos governos centrais e locais para que haja vontade política para que os programas sejam credíveis e que sejam realizados com a participação do cidadão, para que este possa exigir prestação de contas e para que quando tenha que entrar com o pagamento de taxas e impostos ele saiba que é para algo que vai ser realizado."

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