sexta-feira, 30 de maio de 2008

Polícia apresenta falso médico e três enfermeiros em Luanda

A Polícia angolana apresentou sábado último em Luanda, um falso médico e três "enfermeiros" que exerciam actividade ilegalmente. Tal caso é idêntico a um que sucedeu na mesma altura em Maputo onde no Hospital Central um mecânico foi apanhado a exercer medicina há vários anos. O falso médico e os três enfermeiros, que exerciam as suas actividades em Luanda foram na semana passada, apresentados à imprensa angolana. Segundo o Jornal de Angola citando o chefe do Departamento de Informações e Análises, da Direcção Provincial da Polícia Económica de Luanda, superintendente Arcílio Frederico Cassoma, os cidadãos identificados nos autos como sendo Litho Mpassi, presumível doutor, de 37 anos de idade, Simão Nzuiki de 30, Diane Mguinguia de 28, e Lando Paulo de 19 anos, supostos enfemeiros, foram encontrados em flagrante delito a realizarem uma cirurgia no intestino de um cidadão que padece de uma hérnia inguinal. Os mesmos, de acordo com a fonte, não ostentam qualquer documentação ou carteira profissional que os habilite ao exercício da actividade de medicina. O local em que se realizavam as actividades médicas, não apresentavam condições de higiene e técnicas exigidas para uma actividade dessa envergadura. Arcílio Cassoma referiu que os indivíduos em causa, foram detidos nos termos do Artigo 236 conjugado com o 360 do Codigo Penal angolano, por exercício ilegal de função pública titulada. O paciente, de acordo com o superintendente Arcílio, identificado por Silva Costa encontra-se no Hospital Josina Machel. No local, a reportagem do Jornal de Angola soube que o grupo, cujo líder é o "doutor" Litho Mpassi, já submeteu cinco pessoas a cirurgias. Os especialistas de Inspecção e Investigação da Polícia Económica apreenderam, também, vários materiais como afastadores, chapéus, máscaras, lençóis de cama, batas entre outros que eram utilizados durante os trabalhos. O superintendente Arcílio fez saber ao Jornal de Angola que os integrantes da rede têm residência fixa em Luanda, e exerciam a actividade no centro médico denominado "Eureca", sito no município de Cazenga, bairro dos Combustíveis-Mabor. No local, prestavam serviços de medicina geral, pequenas cirurgias, análises clínicas, ginecologia-obstetrícia, consulta pré-natal e partos. Por forma a acabar com estas práticas macabras, a Polícia angolana lançou uma operação denominada "Manvipi", cujo objectivo visa desmantelar a rede de falsos médicos.

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