segunda-feira, 19 de maio de 2008

Kadhafi acusa europeus de provocar mortes deliberadas

O líder líbio, Mouammar Kadhafi, acusou os países europeus de provocarem deliberadamente o afogamento de emigrantes clandestinos africanos durante a sua travessia do Mediterrâneo para a Europa, num discurso publicado fim-de-semana pela agência oficial líbia Jana.
`Dezenas (de emigrantes) morrem e centenas afogam-se ou são afogados deliberadamente´, declarou o coronel Kadhafi durante um encontro com dirigentes dos sindicatos africanos, quinta-feira, no seu palácio em Tripoli.`A Europa procura defender-se e faz o que for preciso para impedir os emigrantes de atingirem os seus territórios´, disse, abstendo-se de citar um país em particular.O `número um´ líbio acusou os europeus de `voltarem´ as embarcações de emigrantes no Mediterrâneo durante falsas operações de salvamento. `Depois eles dizem: Tentámos salvá-los´. `Esta tragédia é real: está a ser conduzida uma guerra no Mediterrâneo contra os emigrantes´, prosseguiu. `O nosso continente é rico. Por que é que temos necessidade de nos deslocar para a Europa?´ - questionou, afirmando que a solução é criar os `Estados Unidos da África´ para gerar uma força económica capaz de rivalizar com os outros blocos do mundo.Com os seus 1770 quilómetros de fronteiras marítimas, a Líbia tornou-se um país de destino e de trânsito de migrantes originários, nomeadamente do Leste e do Sul de África, para Malta ou para a ilha italiana de Lampedusa, ao largo da Sicília.Segundo um recente balanço do Ministério italiano do Interior, 16482 migrantes clandestinos provavelmente procedentes da Líbia desembarcaram nas costas italianas em 2007, ou seja, um número em baixa relativamente a 2006 altura em que foram recenseadas 20927 pessoas.As autoridades líbias anunciaram quinta-feira a detenção de 240 imigrantes clandestinos `de diferentes nacionalidades´ em várias regiões do país, em apenas quatro dias.Este rico país petrolífero de seis milhões de habitantes tem mais de um milhão de imigrantes em situação irregular, segundo estimativas da Organização Internacional para as Migrações (OIM)./05/19
O líder líbio, Mouammar Kadhafi, acusou os países europeus de provocarem deliberadamente o afogamento de emigrantes clandestinos africanos durante a sua travessia do Mediterrâneo para a Europa, num discurso publicado fim-de-semana pela agência oficial líbia Jana.
`Dezenas (de emigrantes) morrem e centenas afogam-se ou são afogados deliberadamente´, declarou o coronel Kadhafi durante um encontro com dirigentes dos sindicatos africanos, quinta-feira, no seu palácio em Tripoli.`A Europa procura defender-se e faz o que for preciso para impedir os emigrantes de atingirem os seus territórios´, disse, abstendo-se de citar um país em particular.O `número um´ líbio acusou os europeus de `voltarem´ as embarcações de emigrantes no Mediterrâneo durante falsas operações de salvamento. `Depois eles dizem: Tentámos salvá-los´. `Esta tragédia é real: está a ser conduzida uma guerra no Mediterrâneo contra os emigrantes´, prosseguiu. `O nosso continente é rico. Por que é que temos necessidade de nos deslocar para a Europa?´ - questionou, afirmando que a solução é criar os `Estados Unidos da África´ para gerar uma força económica capaz de rivalizar com os outros blocos do mundo.Com os seus 1770 quilómetros de fronteiras marítimas, a Líbia tornou-se um país de destino e de trânsito de migrantes originários, nomeadamente do Leste e do Sul de África, para Malta ou para a ilha italiana de Lampedusa, ao largo da Sicília.Segundo um recente balanço do Ministério italiano do Interior, 16482 migrantes clandestinos provavelmente procedentes da Líbia desembarcaram nas costas italianas em 2007, ou seja, um número em baixa relativamente a 2006 altura em que foram recenseadas 20927 pessoas.As autoridades líbias anunciaram quinta-feira a detenção de 240 imigrantes clandestinos `de diferentes nacionalidades´ em várias regiões do país, em apenas quatro dias.Este rico país petrolífero de seis milhões de habitantes tem mais de um milhão de imigrantes em situação irregular, segundo estimativas da Organização Internacional para as Migrações (OIM).

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