terça-feira, 20 de maio de 2008

Departamento de Justiça norte-americano acusa administração Bush de ter ignorado queixas de tortura


Relatório feito com base em denúncias do FBI
Altos responsáveis do Departamento de Segurança norte-americano ignoraram queixas do FBI sobre tratamentos abusivos aplicados a suspeitos de terrorismo, tratamentos esses que um dos agentes dizia serem “quase tortura”. Estes factos foram agora denunciados num relatório de 370 páginas feito pelo Departamento de Justiça norte-americano ao longo de quatro anos.Segundo o relatório, o FBI ficou alarmado com as técnicas de interrogatório usadas que recorriam a cães e forçavam os suspeitos a ficar nus, o que vai contra aquilo que o Departamento de Defesa e a própria CIA sempre disseram.O mesmo relatório diz que os interrogatórios, nomeadamente os feitos a suspeitos do 11 de Setembro, também eram presenciados por agentes do FBI. Mas estes tinham ordens do director Robert Miller para não participarem em interrogatórios coercivos.Os interrogatórios conduzidos por agentes do National Security Council ou por agentes em Guntánamo são os mais apontados no relatório hoje apresentado."Ultimamente nem o FBI nem o Departamento de Justiça têm intervenção nos interrogatórios conduzidos por militares a detidos”, pode ler-se no documento.Uma das queixas mais concretas, feitas por um agente do FBI prende-se com o interrogatório feito ao responsável da Al Qaeda, Abu Zubaydah. Este interrogatório, cuja técnica a CIA escondeu como informação classificada, foi um dos momentos em que o FBI diz ter sido usado o “waterboarding”, uma simulação de afogamento.São ainda enunciadas técnicas como interromper o sono, atar pés e mãos e envolver a cabeça de um suspeito em fita adesiva. É ainda referido um interrogatório em que uma agente da CIA agarrou os genitais de um suspeito preso em Guntánamo enquanto outro agente explicava que o objective era provocar dor. O Departamento de Justiça interrogou mil agentes do FBI e 230 testemunha

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