segunda-feira, 19 de maio de 2008

Governador do Banco de Moçambique defende redução das taxas de juro

O governador do banco central de Moçambique defendeu sexta-feira em Maputo a redução das taxas de juros que os bancos comerciais aplicam na concessão de créditos aos clientes, por serem as mais elevadas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Em entrevista à agência noticiosa portuguesa Lusa, o governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, disse que a entidade de monitorização da actividade bancária em Moçambique está a trabalhar com os responsáveis da banca para que venham a reduzir, a pouco e pouco, as taxas de juro.Contudo, a redução da taxa de juro pelos bancos comerciais depende da diminuição da taxa de cedência de liquidez pelo banco central, responsável pela emissão da moeda.De acordo com Ernesto Gove, na região austral de África, os bancos aplicam taxas que variam entre 16 e 20 por cento, mas em Moçambique os juros aplicados pela banca `estão acima dos 22 por cento´. O governador do Banco de Moçambique atribuiu esta prática à acção dos accionistas dos bancos, com o objectivo de maximizar os lucros. Moçambique possui actualmente 25 instituições financeiras, incluindo bancos comerciais, bancos de investimento, bancos de micro-finanças e cooperativas de crédito. A quota de mercado bancário em Moçambique é detida em quase 60 por cento pelos bancos participados por instituições financeiras portuguesas: Millenium BIM, detido pelo Millenium BCP, e BCI Fomento, participado pela Caixa Geral de Depósitos.O restante pertence aos bancos Standard Bank, com capitais sul-africanos e chineses, e Barclays, de origem britânica.

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